Informe das assembleias gerais da Humboldt Universität e da Freie Universität

No dia 8 de novembro, estudantes que ocupavam um prédio administrativo da Universidade de São Paulo (USP), a maior instituição pública de ensino superior do Brasil, foram desalojados com o uso espetacular de força policial: dois helicópteros, cavalaria, esquadrão antibomba e um efetivo de quatrocentos policiais. Setenta e três alunos foram levados à delegacia e em seguida soltos sob pagamento de fiança. Eles responderão a processos em que são acusados de depredação do patrimônio público e de desobediência civil. No mesmo 8 de novembro, em uma assembleia com cerca de 3 mil estudantes, deliberou-se por greve estudantil na USP. A causa da ocupação, bem como a pauta principal da greve, encontra-se justamente na presença ostensiva da polícia no campus universitário. Nos últimos anos, os conflitos entre a reitoria e o movimento estudantil se intensificaram a tal ponto que se tornou comum o reitor recorrer à Polícia Militar para solucionar impasses políticos. A repressão policial de movimentos politicos não representa novidade alguma e decerto se intensifica em momentos de crise e de inquietação social como este. É o que se pode constatar nas manifestações dos estudantes chilenos, dos indignados espanhóis, do Occupy Wall Street, nas manifestações na Grécia, na Inglaterra. Queremos propor aqui que a solidariedade se sobreponha à distância e às diferenças em apoio aos estudantes da USP e em repúdio à qualquer forma de punição individual, como a dos 73 estudantes presos na ocupação da reitoria.

16.11.2011

 

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